sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Construtores atacam projeto que pára obras

Diário Catarinense ; João Cavallazzi ; 18/1/2008

O Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Florianópolis (Sinduscon) vai partir para o ataque contra a proposta de impedir novas obras pelos próximos dois anos na região da Bacia do Itacorubi, projeto que o prefeito Dário Berger (PMDB) encaminhou à Câmara de Vereadores.

Em reunião na noite de ontem, da qual participaram representantes de 16 entidades da cidade, o Sinduscon decidiu encaminhar representação ao Ministério Público contra o que classifica de "violação da Constituição e das leis urbanísticas".

Além disso, explicou o presidente da entidade, Hélio Bairros, as construtoras tentarão persuadir os vereadores a votarem contra o projeto. Uma campanha de "esclarecimento à população" sobre a moratória também deve ser divulgada a partir das próximas semanas.

Bairros evitou o confronto direto com a administração Berger. Disse que os problemas da cidade são resultado do descaso de "vários governos", e que o setor da construção civil não pode pagar a conta sozinho.

Ele lembrou que 8 mil trabalhadores têm a carteira assinada por construtoras e que uma moratória vai resultar em demissões em massa.

- A moratória é inconcebível. O poder público tem que fazer a sua parte, investindo na instalação de tratamento de esgoto, por exemplo. Não é transferindo responsabilidades que o problema será resolvido - defendeu Bairros.

Sem citar nomes, o presidente do Sinduscon disse que "temos que ter respeito com os interesses da cidade, não interesses individuais, particulares, esses temos que varrer da cidade".

Prefeito diz que está “aberto a discussões”

Hoje, o autor da proposta, o vereador João Batista Nunes (PR), tem reunião com moradores para debater a proposta de suspender novas edificações na Bacia do Itacorubi pelos próximos dois anos. Existe a proposta de ampliar a moratória para outras regiões de Florianópolis.

Levantamento realizado pelo DC junto às bancadas de partidos da Câmara revela que, se a votação da proposta fosse hoje, ela seria aprovada em plenário. Na quarta-feira, o prefeito Dário Berger voltou a dizer que está aberto a discussões, tanto em audiências públicas quanto em reuniões com as partes interessadas.

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