quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Factóide

Blog Carlos Damião ; 16/1/2008

Não parte apenas deste blog e de outros tantos analistas da mídia a detecção de motivações político-eleitorais na chamada “moratória imobiliária” da Bacia do Itacorubi. Arquitetos e urbanistas, engenheiros, construtores, políticos, economistas, funcionários públicos, donas-de-casa e até o Zezinho da Feira também têm certeza de que a moratória é um factóide.
Melhor do que a moratória, seria a aprovação do Plano Diretor, sem remendos oportunistas. Ou, por outra, a própria prefeitura poderia utilizar critérios racionais e objetivos, disponíveis na legislação atual, para apertar o cerco contra os maus empreendedores.
Basta, por exemplo, seguir o que diz a legislação ambiental. Só isso já seria suficiente para conter os abusos e impedir inúmeras obras irregulares que acontecem na cidade, e não só nos bairros de médio e alto padrão.
Por que a favelização é tolerada? Não vai acontecer moratória nas áreas de preservação permanente ocupadas por migrantes de todas as partes? "Ah, mas aí o problema é social", podem dizer.
Mas e daí? Tudo em Florianópolis hoje virou problema social, até o trânsito, a falta de esgotos, a falta de água.
E já pareço ouvir um tropel de argumentos, postados por anônimos: "Só que isso não começou agora; tem 30 anos; os culpados são parte da elite florianopolitana" etc. e tal. Está bem. O problema é histórico. Mas cabe a quem está no poder começar a resolvê-los, sem remendos, sem proselitismo, à base de autoridade e competência.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial