terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Selvas de pedra

Diário Catarinense ; Moacir Pereira ; 18/12/2007

Walmor de Luca, presidente da Casan, fez graves advertências sobre o futuro calamitoso da Ilha de Santa Catarina se medidas urgentes não forem tomadas pelo poder público. Com base em relato do presidente do Ipuf, Ildo Rosa, denunciou:

- Se executarem as emendas ao Plano Diretor aprovadas pela Câmara Municipal, Florianópolis contará, logo, com 1,8 milhão de habitantes. A Ilha vai afundar.

Afundar, literalmente, não vai. Mas tudo indica que mergulhará num cenário estressante, fazendo despencar um de seus patrimônios mais ricos: a qualidade de vida. E não se trata de responsabilidade apenas do prefeito de plantão, de empresários da construção civil, de vereadores ou de cidadãos comuns. O que falta é uma nova cultura e uma definição clara sobre o que se deseja para Florianópolis.

A próxima temporada desenha-se caótica. Vai faltar energia, o que exigirá cortes temporários da Celesc, confirma a diretoria. A empresa tinha os recursos para construir a nova subestação. Foi impedida por debates histéricos na Câmara Municipal e pelos apelos demagógicos de quem não se preocupa seriamente com a cidade. O Ibama de Brasília completou o desserviço, retardando em mais de um ano a licença para a instalação do cabo submarino que garantirá o suprimento energético.

De Luca confirma: já falta água no Córrego Grande, Itacorubi, Saco Grande, onde a prefeitura permitiu que fossem construídas, em passado recente, verdadeiras selvas de pedra. Sem sistema viário, sem garantia de água e luz, sem esgoto sanitário. E vai faltar água no verão se o número de turistas for superior a 150 mil, alerta o presidente da Casan, que hoje se reúne com órgãos públicos e empresários na Fiesc, buscando uma solução.

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