sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Temporal e cidadania

Diário Catarinense ; Moacir Pereira ; 1/2/2008

Florianópolis e sua área metropolitana viveram horas de angústia, estresse, apreensão e, sobretudo, sofrimento para as famílias atingidas pelo maior temporal dos últimos anos. A situação de caos que se registrou na Capital tem causas naturais, como este índice pluviométrico excepcional e a maré alta, a represar as águas. Mas também fatores humanos decorrentes, de um lado, da omissão do poder público, e de outro, da falta de cidadania e de consciência pública da população.

As construções vão avançando para cima e para os lados sem um estudo mínimo(Ipuf, Susp) sobre os efeitos dessa improvisação. Se o que afronta os olhos, como o precário sistema viário, continua a desafiar a lei da inércia, imagine o que se passa no invisível, com galerias fluviais, córregos, rios e canais.

A cultura açoriana tem uma tradição cultural diferente da dos anglo-saxões. Estes tomam a iniciativa de tudo, têm responsabilidades, assumem deveres de cidadania e espírito comunitário como condição de vida social. Aquela espera tudo pelo poder público, no mais retrógrado conceito patrimonialista, herdado da colonização assistencialista.

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