sábado, 12 de janeiro de 2008

O Dário acordou?

Diarinho (Diário do Litoral) ; Cesar Valente ; 12/1/2008

O prefeito Dário sacudiu a poeira, espantou o sono e avisou ontem que é pros vereadores voltarem rápido, porque ele está com cinco projetos esperando pelo sim dos nossos representantes municipais.

Na verdade, é um pacote que poderia perfeitamente ter sido lançado há bem mais tempo. Um deles pretende corrigir o problema da falta de habite-se de pelo menos 17 mil imóveis comerciais, coisa que se arrasta há uns 20 anos. Outro, que chega meio tarde, quer “dar um tempo” nas construções da bacia do Itacorubi (como se ainda tivesse sobrado muito o que salvar).

Tem também a regulamentação do impacto de vizinhança, que é uma imposição do Estatuto das Cidades, uma norma federal.

E os dois projetos restantes são de interesse direto do governo LHS: as alterações do Plano Diretor nas regiões da penitenciária (Trindade) e do Centro Administrativo (no Saco Grande).

No caso da penitenciária, que o governo quer vender ou trocar, é preciso dar à área a melhor configuração de aproveitamento, para atrair interessados. No Centro Administrativo, o que está pegando é que o governo quer construir lá algumas torres, de uns dez andares, para abrigar toda a estrutura central do governo. Hoje só são permitidos prédios mais baixos, de uns três ou quatro andares.

Portanto, data vênia, salvo melhor juízo, urgência nenhuma. Exceto aquela velha pressa, causada pela demora em apresentar as propostas. Ficou paralisado o ano inteiro e aí quer resolver tudo de uma vez, em janeiro e fevereiro.

Dirão os otimistas: “antes tarde do que nunca”. É verdade. Sempre é melhor alguma ação do que a omissão.

Sobre a tal “moratória”, que tem animado tanta gente, que já vê no Dário um valente cavaleiro solitário duelando contra os dragões da incorporação imobiliária, tenho lá minhas reservas.

Já vi muita coisa, na vida, pra sair batendo palmas assim, de repente. Prefiro firmar bem os quatro pés no chão, colocar a barba de molho e esperar um pouco mais antes de elogiar ou condenar. Vai que não é bem isso...

Ainda há muitas dúvidas no ar: se a solução era assim tão fácil, por que não propôs antes? Só porque ainda não era ano eleitoral?

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