Loucuras de Verão
Engarrafamentos monumentais, filas até para comprar cigarros, serviços caindo de qualidade por excesso de fregueses e praias lotadas.
É uma coisa mais ou menos inevitável. As cidades que têm essa vocação turística precisam aprender a conviver com isso. Os habitantes dessas cidades não têm o direito de se surpreender quando, a cada ano, a coisa se repete. Claro, se algo sempre acontece de forma semelhante na mesma época, passa a ser rotina.
Alguém me disse, há alguns anos (acho que foi o ex-governador Esperidião Amin), que Florianópolis deveria ficar contente de ter essa vitalidade. É mil vezes preferível ser uma cidade para a qual todos querem vir, do que uma de onde todos querem sair.
O problema, naturalmente, é como criar condições para que a invasão se dê com uma certa organização e sem penalizar os residentes. Algum estresse sempre vai rolar. Não tem como fazer um sistema viário para atender uma demanda que, dependendo do ano, pode durar duas semanas ou, no máximo, dois meses. Nem tem como ter água e energia que atendam a um crescimento indefinido de usuários.
Mas estas são coisas que estamos todos cansados de saber. O que a gente, aqui nesta ilha charmosa, perdida no Atlântico Sul, parece que ainda não aprendeu, é que se as demandas básicas de saneamento, transporte e energia da população estável não estão atendidas, as chances da coisa virar um pandemônio na temporada são muito maiores.
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